Justiça autoriza quebra de sigilo telefônico de padrasto acusado de matar enteado de 2 anos em Maceió
Homem está preso preventivamente – Foto: Reprodução
POR REDAÇÃO
O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) autorizou a quebra do sigilo telefônico de Manoel Pedro Tavares de Souza, preso preventivamente desde o dia 14 de maio, acusado de assassinar o enteado de apenas dois anos, Rahvy Abraão Alves de Lima. O crime chocante ocorreu no bairro Riacho Doce, no Litoral Norte de Maceió.
O celular do suspeito foi apreendido durante o cumprimento do mandado de prisão e será analisado com autorização judicial, conforme decisão da 14ª Vara Criminal da Capital. A Justiça também atendeu a um novo pedido da Polícia Civil e prorrogou, pela segunda vez, o prazo para a conclusão do inquérito policial.
O juiz responsável pelo caso destacou a “extrema gravidade do delito” e a necessidade de uma apuração minuciosa. O magistrado também solicitou agilidade no cumprimento da medida de quebra de sigilo, considerando a importância das informações que podem ser extraídas do aparelho celular para o avanço das investigações.
Relembre o caso
O corpo do pequeno Rahvy Abraão foi encontrado no dia 13 de maio, dentro da casa da família, em Riacho Doce. De acordo com informações da Polícia Militar, a mãe da criança acionou uma guarnição ao perceber que o filho estava morto sobre a cama. A polícia foi até o imóvel e confirmou o óbito.
Durante o depoimento, a mãe relatou que mantinha um relacionamento com Manoel Pedro há cerca de sete meses e afirmou nunca ter presenciado comportamentos violentos por parte dele, apesar de também não observar demonstrações de carinho com seus três filhos.
O exame de necropsia revelou que Rahvy morreu em consequência de uma hemorragia no fígado causada por um forte golpe nas costas. O laudo foi emitido por um médico legista do Instituto Médico Legal (IML).
A Polícia Civil ainda apurou que o suspeito já possui antecedentes criminais, tendo respondido por uma tentativa de homicídio quando era adolescente.
As investigações continuam em andamento, e novas diligências estão sendo realizadas para esclarecer todas as circunstâncias do crime.