23 de novembro de 2024

Usina Solar do Ifal Satuba entra em funcionamento

Usina tem 224 painéis e estrutura modular, que permite ampliação - Foto: Shyrdnez Farias.

A primeira usina solar fotovoltaica do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) – Campus Satuba entrou em pleno funcionamento na última terça-feira (04), após a vistoria e aprovação da companhia Equatorial Energia. O equipamento é composto por 224 painéis e foi construído próximo ao Laboratório de Suinocultura.

O principal objetivo da obra é reduzir os custos com energia elétrica, a maior despesa de consumo do Campus. De acordo com o Departamento de Infraestrutura e Manutenção (DIM), a Usina deve gerar em torno de 35% da energia consumida no Campus. O equipamento foi planejado numa estrutura modular, de forma que possa ser ampliado posteriormente.

Após vistoria da empresa Equatorial Energia, realizada na última terça (04), Usina foi autorizada a entrar em funcionamento

Além da economia de recursos públicos, a usina também traz benefícios para o meio ambiente: será evitada a emissão de em média 22 toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano. A obra teve um investimento de R$ 610.135,27, financiada pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec-MEC) e pela Reitoria.

Desafios e conquistas

Engenheiro civil Tassyano Amorim (à esquerda) e engenheiro eletricista Shyrdnez Farias (à direita) realizaram visita a usina solar da Chesf em Messias/AL para captar ideias para o projeto

De acordo com o diretor-geral do Campus Satuba, Valdemir Chaves, foram muitas articulações internas e externas para a viabilização do projeto. “As equipes do DIM e do Departamento de Suprimentos (DSUP) desempenharam um papel extremamente diligente no desenvolvimento do projeto e adequação dos procedimentos técnicos-administrativos para a viabilização da licitação, um verdadeiro ‘case’ de sucesso no Ifal”, comemorou o diretor.

O projeto da Usina foi desenvolvido pelo próprio engenheiro eletricista do Ifal, Shyrdnez Farias, e contou com o apoio dos demais profissionais da área administrativa e de engenharia do DIM, entre eles, o engenheiro civil, Tassyano Amorim. Os dois realizaram uma visita técnica para conhecer as instalações da Subestação da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), em Messias/AL, e captar ideias que poderiam ser usadas no projeto do Campus.

Equipe do Departamento de Suprimentos conseguiu realizar RDC para o contrato da obra, modalidade de licitação considerada complexa para ser executada pelos campi

Em termos administrativos, a obra também foi um marco para o Ifal Satuba, pois, apenas com sua equipe interna, conseguiu fazer um tipo de licitação que até então só era feito pela Reitoria, o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC). “É uma modalidade de licitação muito específica e complexa, mais utilizada, por exemplo, em obras. Estamos acostumados a realizar pregões e dispensas…mas realizar um RDC sempre é um grande desafio. Hoje, porém, já sabemos o caminho. Atualmente, entre os Campi, somos a única unidade que realiza essa modalidade de licitação”, explicou o chefe do DSUP, Jorge Gesteira.

“Como qualquer outra modalidade de licitação, é necessário o empenho de todos. E aqui não foi diferente. A Direção-geral, a Diretoria de Administração e o DIM foram essenciais para a realização desse nosso grande sonho”, completou Jorge.

“Todos sabemos o quanto é desafiador fazer gestão pública, sobretudo em um cenário tão adverso, mas provamos que com trabalho em equipe, determinação e persistência o resultado acontece”, Valdemir Chaves, diretor-geral do Campus Satuba.

“Desde o início da gestão, estamos atentos e atuantes em relação à utilização racional dos recursos da instituição, sobretudo por força dos inúmeros cortes orçamentários sofridos. O projeto da Usina Solar Fotovoltaica visa reduzir despesas e fortalecer as ações de sustentabilidade em consonância com o plano de ação do Ifal como um todo”, explicou Valdemir.

Uso eficiente

O projeto da usina já foi planejado em conjunto com outras iniciativas para racionalizar o uso da energia elétrica na unidade, tais como a substituição de equipamentos (troca de cerca de 70 condicionadores de ar e substituição de lâmpadas fluorescentes por LED), acionamento e desligamento de aparelhos em horários preestabelecidos, campanha de conscientização “Economizar é cuidar”, mudança de tarifa de “Poder Público” para “Rural – Escola Agrotécnica” e reestruturação da rede elétrica, em andamento, obra esta que foi fundamental para a implantação da nova Usina.

Também está em andamento a integração do sistema elétrico do Campus ao sistema do Portal de Gerenciamento Energético (PGEN), que visa permitir o monitoramento em tempo real do consumo de energia e outras variáveis elétricas da unidade.

Por Assessoria