Bolsonaro é intimado pela PF para depor sobre milhões em joias que contrabandeou
Após vários meses “foragido” nos Estados Unidos, desde que abandonou o Brasil dias antes do fim de seu mandato e da posse de Lula, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) receberá um presente de boas vindas da Polícia Federal quando chegar ao país, amanhã em Brasília: ter que depor sobre as joias que contrabandeou da Arábia Saudita.
A PF também intimou o militar Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República, e Marcelo Câmara, assessor de Jair Bolsonaro (PL).
Um dos presentes enviados pela Arábia Saudita por meio do ex-ministro Bento Albuquerque foi entregue para compor o acervo pessoal de Bolsonaro, em novembro de 2022. Mais de um pacote teria sido entregue pelo governo saudita numa missão brasileira no Oriente Médio em 2021.
Um conjunto de joias avaliadas em R$ 16,5 milhões, que seria para Michelle, foi retido pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos (SP). Outro pacote, com relógio, caneta, abotoaduras, anel e um tipo de rosário, todos da marca suíça de diamantes Chopard e supostamente destinados a Bolsonaro, estava na bagagem de um dos integrantes da comitiva e não foi interceptado pelo Fisco.
Jair deve ir do aeroporto de Brasília à sede do PL, onde encontrará a esposa, Michelle Bolsonaro, e o presidente do partido, Valdemar Costa Neto. O político deverá ser questionado sobre a origem e o destino das peças em ouro e diamante que deveriam estar no acervo público da Presidência da República.
O senador Ciro Nogueira, que foi ministro da Casa Civil no Governo Bolsonaro, disse que tudo “vai ser explicado” e emendou ainda que a situação não vai afetar a imagem pública de Jair, porque ele “não tem cara de ladrão, não tem atitude de ladrão”.
Por Éassim