22 de novembro de 2024

Estagnado na música, funkeiro MC Guimê aceitou Big Brother Brasil 23 por cachê milionário

MC Guimê no confinamento do BBB 23 - Foto: Reprodução/Instagram

Integrante do Camarote no BBB 23, MC Guimê tem seus motivos para participar do reality show da Globo. Mesmo já sendo famoso por conta de sua carreira como funkeiro, o artista está de olho no prêmio final. O marido de Lexa tem intuito de usar o dinheiro para lhe ajudar a ter estabilidade financeiramente e investir no seu projeto social na cidade onde nasceu, em Osasco, no estado de São Paulo.

“Seria uma forma de ter mais um passo para a independência financeira e não ficar tão dependente da correria de shows. Investir também no Instituto MC Guimê, em Osasco, e ter mais tempo para construir a família que ele quer e ter os filhos de que tanto fala”, disse o irmão de MC Guimê, Rodrigo Dantas, em entrevista à coluna de Patrícia Kogut, do jornal O Globo.

Mas, assim como outros artistas que já aparecem no BBB, MC Guimê tem usado a projeção no programa da Globo para se reestabelecer no mercado. O funkeiro, que estourou no cenário nacional em 2013 com as músicas Plaque de 100 e País do Futebol, sumiu da grande mídia nos últimos anos.

“Ele abriu a porta para vários MCs e para a força que o funk paulista tem hoje no cenário musical. Mas, com as redes sociais, as coisas são muito velozes. O Guimê passou por uns três anos em que estava acertando em tudo. Em 2016, não acertou um CD em que estava trabalhando e começou a tentar algumas coisas que não emplacaram tão bem por causa deste mercado tão rotativo. O BBB para ele foi uma forma de se colocar também para quem não é do funk. Essa exposição na mídia vai fortalecer ainda mais a imagem e o respeito que ele já tem no funk. Ele estava meio sumido, mas agora as pessoas voltaram a falar dele. Acho que esse foi o principal ponto para ele aceitar”, acrescentou Rodrigo.

E, a pesar dos pontos positivos para estar no BBB 23 , MC Guimê quase desistiu da empreitada. Rodrigo contou que o irmão tinha medo do preconceito que poderia enfrentar por uma pessoa vinda de uma região carente e completamente tatuado.

“Antes de o Guimê entrar, falei que, se ele mantivesse seus princípios dentro da casa, seria a maior surpresa positiva do BBB, porque já entra com o estereótipo do funkeiro tatuado. Ele já passaria para as pessoas que não o conhecem aquela imagem preconceituosa de cara que deve ser um vagabundo, que fala palavrão e ofende as pessoas. E o Guilherme é uma das pessoas mais educadas que eu conheço. Esse preconceito da tatuagem ele está vencendo agora, como já fez em outro lugares, como aeroporto. Ele enfrentou e enfrenta isso até hoje, mas esta participação dele no reality vai ajudar a quebrar a má impressão que a galera tem, finalizou.

Por Gabriel Perline/Daniele Amorim com Genteig