Estagnado na música, funkeiro MC Guimê aceitou Big Brother Brasil 23 por cachê milionário
Integrante do Camarote no BBB 23, MC Guimê tem seus motivos para participar do reality show da Globo. Mesmo já sendo famoso por conta de sua carreira como funkeiro, o artista está de olho no prêmio final. O marido de Lexa tem intuito de usar o dinheiro para lhe ajudar a ter estabilidade financeiramente e investir no seu projeto social na cidade onde nasceu, em Osasco, no estado de São Paulo.
“Seria uma forma de ter mais um passo para a independência financeira e não ficar tão dependente da correria de shows. Investir também no Instituto MC Guimê, em Osasco, e ter mais tempo para construir a família que ele quer e ter os filhos de que tanto fala”, disse o irmão de MC Guimê, Rodrigo Dantas, em entrevista à coluna de Patrícia Kogut, do jornal O Globo.
Mas, assim como outros artistas que já aparecem no BBB, MC Guimê tem usado a projeção no programa da Globo para se reestabelecer no mercado. O funkeiro, que estourou no cenário nacional em 2013 com as músicas Plaque de 100 e País do Futebol, sumiu da grande mídia nos últimos anos.
“Ele abriu a porta para vários MCs e para a força que o funk paulista tem hoje no cenário musical. Mas, com as redes sociais, as coisas são muito velozes. O Guimê passou por uns três anos em que estava acertando em tudo. Em 2016, não acertou um CD em que estava trabalhando e começou a tentar algumas coisas que não emplacaram tão bem por causa deste mercado tão rotativo. O BBB para ele foi uma forma de se colocar também para quem não é do funk. Essa exposição na mídia vai fortalecer ainda mais a imagem e o respeito que ele já tem no funk. Ele estava meio sumido, mas agora as pessoas voltaram a falar dele. Acho que esse foi o principal ponto para ele aceitar”, acrescentou Rodrigo.
E, a pesar dos pontos positivos para estar no BBB 23 , MC Guimê quase desistiu da empreitada. Rodrigo contou que o irmão tinha medo do preconceito que poderia enfrentar por uma pessoa vinda de uma região carente e completamente tatuado.
“Antes de o Guimê entrar, falei que, se ele mantivesse seus princípios dentro da casa, seria a maior surpresa positiva do BBB, porque já entra com o estereótipo do funkeiro tatuado. Ele já passaria para as pessoas que não o conhecem aquela imagem preconceituosa de cara que deve ser um vagabundo, que fala palavrão e ofende as pessoas. E o Guilherme é uma das pessoas mais educadas que eu conheço. Esse preconceito da tatuagem ele está vencendo agora, como já fez em outro lugares, como aeroporto. Ele enfrentou e enfrenta isso até hoje, mas esta participação dele no reality vai ajudar a quebrar a má impressão que a galera tem, finalizou.
Por Gabriel Perline/Daniele Amorim com Genteig