Terra do estádio que homenageou o Rei, clubes e federação de Alagoas lamentam morte de Pelé
Na tarde desta quinta-feira (29), Pelé, o Rei do Futebol, faleceu em decorrência de câncer no cólon e o mundo lamenta sua perda. Em Alagoas, as homenagens foram brandas ao maior craque na história do esporte no Brasil. O ex-jogador, que deu nome ao Estádio Rei Pelé, em Maceió, visitou o estado quatro vezes e também foi recebido com diversas homenagens. Os clubes e a federação repercutiram a morte do maior jogador de todos os tempos.
A Federação Alagoana de Futebol (FAF) citou o legado de Edson Arantes do Nascimento deixou e que o Estádio Rei Pelé é um dos símbolos da eternidade do Rei. “Lamentamos com muito pesar o falecimento do Rei do Futebol!! 👑⚽️ Maior jogador de todos os tempos, Pelé conquistou três Copas do Mundo, fez mais de mil gols e levou o nome do futebol brasileiro por onde passava. Um dia triste para todos os amantes do futebol e do esporte. Seu legado, eternizado no nome do Estádio Rei Pelé, será lembrado para sempre”.
Clubes
O CSA externou profunda tristeza com a notícia da morte de Pelé. Para o Azulão, Pelé é o futebol e deixa legado eterno. “É com profunda tristeza que recebemos a notícia do falecimento do Rei Pelé, maior jogador de futebol de todos os tempos. Pelé não apenas mudou a história do futebol. Ele é o futebol e continuará sendo em seu legado eterno. Desejamos aos familiares, amigos e inúmeros fãs espalhados pelo mundo, força para superar esse momento de tamanha dor. Ao eterno Rei, que sua passagem e seja tranquila e que encontre o seu descanso. Aqui, a eterna gratidão por todos os feitos”.
O CRB colocou em sua postagem uma foto da passagem do Rei pelo Estádio Severiano Gomes Filho, na Pajuçara, quando o Santos jogou um amistoso contra o Galo em 1965, que o clássico time paulista venceu por goleada. “Descanse em paz, Rei do futebol. Pelé nos deixa hoje em corpo, mas estará eternamente em nossas memórias, enquanto existir futebol. O tricampeão do mundo tem uma história íntima com todos nós alagoanos, que carregamos o seu nome em nossa casa. Obrigado por tudo. Nossos sentimentos à toda família do Edson Arantes do Nascimento. Pelé eterno”.
O CSE também fez sua homenagem ao Rei. O tricolorido de Palmeira dos Índios destacou que o Rei sempre seguirá vivo nas lembranças e nos corações dos amantes do futebol. “Edson Arantes do Nascimento morreu nesta quinta, aos 82 anos, mas Pelé continuará vivo para sempre nas lembranças e nos corações de todas as pessoas que amam o futebol. O Clube Sociedade Esportiva reverencia a trajetória do Rei e presta condolências a seus familiares e fãs. PELÉ ETERNO. Obrigado Rei”.
O Estádio Rei Pelé
O popularmente chamado Trapichão, o Estádio Rei Pelé, foi inaugurado no dia 25 de outubro de 1970 com um amistoso entre a Seleção Alagoana e o Santos de Pelé na segunda visita do Rei a Alagoas. Na partida, o maior camisa 10 de todos os tempos marcou dois gols dos cinco que garantiram a goleada santista em Maceió.
Pelé chegava a Maceió com tricampeonato do mundo recém-conquistado pela Seleção Brasileira no Mundial do México. A partida contou com um público de 45.865 torcedores que tiveram a sorte de ter visto o Rei emplacar dois gols na capital alagoana.
Terceira e quarta visitas
Na terceira visita de forma oficial, era 25 de junho de 2010, e após fazer um sobrevoo com o então governador Teotônio Vilela para ver os estragos provocados pelas enchentes que deixaram rastro de mortes e 70 mil desabrigados naquele ano em Alagoas, Pelé desembarcou de helicóptero no estádio que leva seu nome.
Porém, o jornalista Enio Lins relatou em reportagem da Tribuna Independente em 2020, que lembra de mais uma data que quase ninguém se recorda ou passou despercebido, de mais uma passagem do maior jogador de futebol no mundo em todos os tempos no Estado. “Pelé esteve em Alagoas pelo menos mais uma vez, além das três assinaladas corretamente. Praticamente a única ação engajada de Pelé num evento de afirmação racial foi em nossa terra, quando ele compareceu ao Tricentenário de Zumbi, no dia 20 de novembro de 1995, em União dos Palmares”, relembra Lins.
Por Bruno Martins e Gabriely Castelo com Wellington Santos