22 de novembro de 2024

Estudantes do Campus do Sertão da Ufal plantam espécies nativas da Caatinga

Foto: Assessoria

Assumir como hábito atitudes no dia a dia, como separar o lixo doméstico. Plantar uma árvore. Disponibilizar-se a cuidar do meio ambiente. Esses são alguns dos objetivos do projeto de ensino, pesquisa e extensão “Produção de adubos orgânicos por coleta seletiva doméstica” realizado por estudantes do Campus do Sertão da Ufal, sob a coordenação do docente Fernando Pinto Coelho.

“O foco é na gestão de resíduos sólidos domésticos associados à preservação do Bioma Caatinga com a produção de adubos pelos próprios alunos, sendo utilizados para o plantio de mudas para o reflorestamento”, ressalta Coelho ao defender a necessidade de reforçar ideias e práticas de sustentabilidade. O professor argumenta que a cultura de fazer a gestão do lixo doméstico, sem a dependência do poder público, incentiva a produção de adubos orgânicos possibilitando o uso desses compostos para o plantio de espécies nativas.

Os alunos do 5º período do curso de Geografia, por meio da disciplina Atividades Curricular de Extensão, participaram de uma aula de campo do projeto. “A iniciativa atinge a meta de quatro turmas envolvidas com a gestão de resíduos domésticos por coleta seletiva com a finalidade de fazer com que os adubos produzidos preencham a lacuna da recuperação do Bioma Caatinga através do reflorestamento com espécies endêmicas”, informa o professor, que também ministra a disciplina.

Segundo o docente, foram plantadas 26 mudas, dentre as quais Angico Manjolo e de Caroço, Pau Ferro, Embiratanha e Cumaru. Cinco municípios do Sertão de Alagoas, Pariconha, Água Branca, Mata Grande, Inhapi e Delmiro Gouveia, foram contemplados. “Os pontos escolhidos tiveram como critério áreas degradadas com solos descobertos e compactados”, informa Coelho. Ele explica que os pontos de plantio foram georreferenciados, onde foram estabelecidas medições edafoclimáticas com o equipamento de uma estação climatológica portátil assinalando temperatura, pressão atmosférica e umidade do ar.

“A ação visou à recuperação de áreas degradadas e à disseminação de uma consciência ecológica que contribua para a diminuição do passivo ambiental em lixões e aterros sanitários”, destaca Fernando. Ele ainda defende que a atividade fomenta a sustentabilidade econômica com a produção de adubos orgânicos e pode também ser adotada como uma fonte de geração de renda pelas famílias em maior vulnerabilidade social da região semiárida de Alagoas.

“As quatro turmas já produziram 276kg de adubos orgânicos com uma produção média de três quilos por aluno, sendo utilizados para o plantio um total de 92 mudas, cedidas pelo Arboretum do setor de Botânica da Ufal, do Campus A.C. Simões”, informa. O docente destaca que o Arboretum “cumpre papel importante na produção e doação das mudas nativas, tendo como destaque a participação do coordenador geral e professor, Gilberto Costa Justino, e do engenheiro florestal Régis Villanova Longhi”.

Fonte: Assessoria