23 de novembro de 2024

Síndrome do Ovário Policístico: cerca de 90% das mulheres com SOP têm resistência insulínica

A SOP é a endocrinopatia mais comum que acomete mulheres em idade reprodutiva, com prevalência entre 8 e 13% – Foto: Reprodução

A Síndrome do Ovário Policístico, também conhecida como SOP, é algo que modifica a saúde e rotina de muitas mulheres, que sofrem inclusive para conseguir fechar um diagnóstico e começar o tratamento. Uma nova diretriz internacional para a avaliação e tratamento da doença, baseada em evidências, foi publicada pela International PCOS Network, na Human Reproduction e na Fertility and Sterility, para ajudar os clínicos a otimizarem os cuidados, bem como melhorar a qualidade de vida das pessoas que possuem este distúrbio hormonal.

A SOP é a endocrinopatia mais comum que acomete mulheres em idade reprodutiva, com prevalência entre 8 e 13%. Muitas vezes fazer seu diagnóstico não é algo tão simples e o seu tratamento pode ser um desafio tanto para o profissional como para a paciente.

A primeira orientação internacional apoia os critérios de diagnósticos de Rotterdam em adultos, “exigindo” hiperandrogenismo e ciclos menstruais irregulares. Ela recomenda a exclusão de doenças da tireoide, hiperprolactinemia e hiperplasia adrenal congênita não clássica, além de exames adicionais para sintomas graves, como amenorreia.

O diagnóstico deve incluir uma história abrangente e exame físico; sintomas comuns e sinais de hiperandrogenismo clínico incluem acne, alopecia e hirsutismo, que podem ser graves em adolescentes. Os médicos também devem considerar variações étnicas na apresentação e manifestações da SOP.

Além disso, prevenir o aumento de peso, monitorar o peso e incentivar um estilo de vida saudável baseado em evidências e socioculturalmente apropriado é importante na SOP, particularmente na adolescência.

A desregulação do funcionamento ovariano, alteração no eixo neuroendócrino e resistência à insulina são as três principais alterações envolvidas na síndrome dos ovários policísticos. Cerca de 90% das mulheres que sofrem com o distúrbio hormonal apresentam uma resistência insulínica, tendo o seu excesso uma ação direta nos ovários, estimulando a produção de testosterona. Também é comum atestar que o excesso de insulina age em tecidos adiposos e no músculo, promovendo uma inflamação crônica e aumento de risco de doenças metabólicas.

Por Assessoria