24 de novembro de 2024

Jorgraf lança documentário ‘A Radiofonia Alagoana e os 100 Anos de Rádio no Brasil’

Lançamento do documentário aconteceu no Campus Maceió da Ufal - Foto: Adailson Calheiros

Foi lançado nesta quinta-feira (4) o documentário “A Radiofonia Alagoana e os 100 Anos de Rádio no Brasil”, produzido pela Cooperativa de Jornalistas e Gráficos de Alagoas (Jorgraf), detentora dos veículos de comunicação Tribuna IndependenteTV Tribuna e portal Tribuna Hoje. O lançamento ocorreu na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), com apoio do curso de Jornalismo da instituição.

Para o jornalista Wellington Santos, um dos responsáveis pela produção do documentário, o lançamento com a turma de Jornalismo da Ufal foi emblemático.

“A gente da Jorgraf agradece porque esse documentário deixa um legado para o pessoal do rádio. Essa história começou no jornal, foram cinco grandes reportagens que nós transformamos, graças a ideia do nosso querido presidente Gabriel, em documentário, que pode se transformar em outras coisas. É muita emoção poder ter feito esse trabalho. Muita gente ‘matou’ o rádio, quando surgiu a televisão, mas ele está aí, se transformou, está nas novas tecnologias”, afirmou.

A radialista penedense Marta Martyres, uma das entrevistadas no documentário, falou sobre a paixão, que vem desde a infância, e a importância do rádio como veículo de comunicação.

Debate sobre o tema ocorreu após a exibição do documentário (Foto: Adailson Calheiros)

“Eu fui para o rádio com cinco anos de idade, levada para os programas de auditório da AM São Francisco para declamar poesias, que eu sempre gostei de poesia. Em 1990, quando a Rádio Penedo FM foi inaugurada, fui convidada e estou até hoje. As pessoas que já passaram pelo rádio merecem todo o nosso respeito, a memória dessas pessoas e aquelas que dão tudo no dia a dia para que o rádio funcione. O rádio é o meio de comunicação mais democrático que existe, nós temos o rádio lá no laboratório onde cientistas estão tentando vencer o novo coronavírus e lá no interior, onde o cortador de cana realiza um trabalho árduo, acompanhando as notícias, as informações”, disse.

O radialista Antonio Torres, que já completou mais de 50 anos de rádio, também foi um dos entrevistados e parabenizou a produção. “Produzido exatamente para marcar os 100 anos do rádio no Brasil, mas, notadamente, o rádio aqui em Alagoas. Foi muito bem feito. Eu sei das dificuldades de fazer isso e a Jorgraf teve esse papel, um documentário que vai servir para os estudantes. O rádio nunca vai acabar, ele é o nosso amigo fiel, de todas as horas e momentos, é um meio de comunicação importantíssimo que vai continuar perdurando”, afirmou.

SOBRE O DOCUMENTÁRIO

O material é um recorte sobre os 100 anos do rádio no Brasil com um olhar sobre os 74 anos de história deste importante meio de comunicação em Alagoas. Por essas bandas, a novidade chegou no dia 16 de setembro de 1948, ocasião em que o então governador Silvestre Péricles anunciou que estava no ar a ZYO-4, Rádio Difusora, e que o Estado já não era mais “a zona de silêncio do Brasil”.

O documentário nasceu da ideia de transformar uma série de cinco reportagens produzidas pelo jornal Tribuna Independente em 2022 e em audiovisual às atuais e futuras gerações com um recorte sobre as histórias do rádio em Alagoas, seus ícones, ‘causos’ e revela que, mesmo sendo um “senhor” de 100 anos, a magia das ondas sonoras ainda atrai até mesmo crianças e jovens ouvintes.

O material traz à baila ainda como os anos 1950, 1960, 1970, 1980 e 1990 foram seminais para fixar na memória dos ouvintes alagoanos programas célebres que ficaram eternizados até os dias de hoje no inconsciente coletivo. Nesse rol, depoimentos e um “passeio” e papo descontraídos com aqueles que viram e ouviram nascer ao longo de suas carreiras dedicadas à radiofonia alagoana diversos prefixos na capital e no interior do Estado, com suas histórias e lendas do rádio alagoano, como Edécio Lopes, por exemplo.

Por Tribuna Hoje