Golpe Militar faz 59 anos hoje com revisão de anistias e Exército punindo celebrações
Um bem vindo contraste. Após quatro anos de exaltação durante o governo Jair Bolsonaro (PL), o golpe militar executado em 31 de março de 1964 por militares do Exército brasileiro completa 59 anos, não será celebrado. Algo que não acontecia desde o governo FHC.
Bolsonaro (PL), simpatizante da ditadura e de torturadores, o governo federal de Lula (PT) não irá celebrar a data. Pelo contrário: nem mesmo o Exército vai divulgar mensagem relembrando o período em que militares fecharam o Congresso, censuraram a imprensa e prenderam, mataram e torturaram opositores.
Além disso, comandante do Exército, general Tomás Paiva, afirmou que a Força punirá oficiais que comemorarem o aniversário do golpe militar nesta sexta-feira (31) ou participarem de eventos organizados por militares da reserva.
Para isso, oficiais da Força ficarão atentos à movimentação no Clube Militar —grupo de integrantes da reserva que promoverá um almoço, no Rio, para celebrar o golpe de 1964.
O que muda
Se antes tropas organizadas pelo Ministério da Defesa lia a “ordem do dia” que chamava a ditadura de “marco histórico” que afastou um “regime comunista no país”, no governo Lula, Paiva decidiu que não haverá a leitura da ordem do dia. A interpretação do comandante de que “o normal era não existir”.
O Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania instalou uma nova Comissão de Anistia, que começou os trabalhos ontem. O grupo irá rever todos os pedidos de anistia de vítimas da ditadura militar que foram negados pelo governo Bolsonaro. Entre os pedidos de revisão, está o da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que foi torturada por militares.
Por Éassim