Queda de elevador em bairro de Maceió vira notícia nacional e põe em alerta segurança desses equipamentos
Ficar preso no elevador, ou pior, sofrer um acidente dentro dele pode ser uma experiência traumática. No último fim de semana, uma queda de um elevador terminou com três pessoas feridas. A suspeita é que tenha sido provocada por excesso de peso. Mas, na maior parte das vezes, é uma situação fácil de evitar, com a manutenção periódica e o bom senso de quem usa.
E todos os sites de Alagoas, bem como os grandes portais, e mais de 300 sites em todo o país, além de reportagens especiais nas TVs locais e mesmo aquelas nacionais, como a TV Record, Record News, Globo, CNN, Band e SBT, noticiaram o acidente envolvendo um elevador que despencou do primeiro andar de um prédio no bairro de Mangabeiras, em Maceió e apesar de ser um meio de transporte dos mais seguros, acendeu um alerta quanto a segurança do equipamento e importância de manutenção regular.
Para entender o caso: um elevador com 11 pessoas dentro despencou de um prédio em Mangabeiras na tarde do último domingo (19), e deixou pelo menos três pessoas feridas, mas sem gravidade. Segundo relatos de testemunhas, o elevador tem capacidade para até 8 pessoas, porém, no momento da queda, estava com três pessoas acima do limite permitido. O acidente poderia ter causado uma tragédia, já 11 passageiros embarcaram no 13º andar do prédio, que tem 20 andares.
Leonardo Pereira, síndico do prédio disse que o excesso de peso pode ter causado o acidente. “No momento, eles iriam para o andar zero, o pilotis, e aparentemente o elevador não concluiu ali onde deveria, e desceu para o subsolo, que é uma situação de repouso”, explicou o síndico. Já a empresa responsável pelo elevador, a TK Elevator, afirmou em nota que foi realmente o excesso de peso que prejudicou o funcionamento. Ainda de acordo com a empresa, o elevador não despencou em queda livre. O que aconteceu foi o acionamento de um dispositivo de segurança que monitora a velocidade do elevador permanentemente para impor a desaceleração necessária.
No entanto, desde segunda-feira o elevador está interditado e o condomínio vai realizar uma investigação independente para apurar as responsabilidades, contratando uma empresa especializada em auditoria em elevadores para fazer uma perícia no equipamento. O Corpo de Bombeiros, que esteve no local, mas não tem responsabilidade sobre a fiscalização deste tipo de equipamento, afirmou que é preciso respeitar a capacidade de qualquer equipamento para que as normas de segurança possam prevalecer.
E isto acendeu um alerta em todo o país, porque não é um caso isolado. O número de acidentes em elevadores somente em São Paulo aumentou quase 70% em 2022. No final de fevereiro numa unidade básica de saúde em Caieiras, na grande São Paulo, um elevador caiu com sete pessoas e deixou 5 feridos. Portanto, a única coisa que garante a segurança dos elevadores é a manutenção em dia. O alerta foi feito pelo engenheiro mecânico Paulo Cabral, que é vice-presidente da Associação Brasileira de Engenheiros Mecânicos em Alagoas (Abmec/AL).
Existem leis municipais em Maceió, as leis 6.145/2012 e 5.593/2007, que estabelecem as regras e responsabilidades sobre a manutenção, vistoria e fiscalização em edificações da capital. O órgão responsável por garantir o cumprimento da legislação é a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente (Sedet). Em nota, informou que os gestores de condomínios precisam preparar um laudo técnico e encaminhá-lo para a secretaria na periodicidade determinada em lei. A legislação prevê que edifícios com até 15 anos devem enviar o laudo a cada 5 anos e aqueles com mais de 15 e menos de 30 anos devem enviar o laudo a cada 3 anos. Já os edifícios com mais de 30 anos devem produzir e enviar laudo técnico a cada 2 anos.
Fonte Jornal de Arapiraca/ Claudio Bulgarelli