22 de novembro de 2024

Mulheres com síndrome de down ganham independência após se tornarem modelos de moda praia

Modelos Ana Clara Ardison e Laura Simões há um ano vestem as peças de tecido, macramê e crochê e mostram que a mulher, independente da sua deficiência ou problema de saúde, pode ser uma protagonista - Foto: Carlos Davi/Assessoria

O dia 21 de março é celebrado o Dia Internacional da Síndrome de Down e a inclusão e diversidade são uns dos pilares da Alma De Sereia Beach Wear, marca criada em Alagoas e que neste ano completa 2 anos e que há um ano, tem modelos T21 em seu casting.

As modelos Ana Clara Ardison e Laura Simões há um ano vestem as peças de tecido, macramê e crochê e mostram que a mulher, independente da sua deficiência ou problema de saúde, pode ser uma protagonista. A modelo com Síndrome de Down, Ana Clara, se diz realizada e que a timidez frente às câmeras não existe mais.

“No começo foi um desafio, né? Eu sempre gostei de tirar foto, de posar para fotos… mas frente às câmeras eu ainda era tímida. Hoje me sinto bem, me sinto confortável e gosto do que faço”. Disse a modelo Ana Clara.

Clarinha, como costumadamente é chamada por todos, ainda diz que ser modelo a ajudou a ir além da sua rotina, se cuidando mais e pensando num futuro mais produtivo e realizador. Além de que a timidez acabou e agora está mais comunicativa.

”Eu comecei a estudar e hoje já estou no segundo período de Hotelaria no IFAL. Eu estou fazendo pilates, comendo melhor. Eu também estou trabalhando na Secretaria de Assistência Social de Maceió e tô gostando muito! A timidez… acabou e junto da minha mãe, minha maior parceira, eu estou sendo feliz”. Ressalta.

Já a primeira pessoa com Síndrome de Down a ter CNH e agora modelo de moda praia Laura Simões, posar para as fotos e vestir maiô e biquíni, a ajudou até na fala.

“Eu sempre gostei de fotos, mas também sempre fui muito tímida. No começo eu ficava muito nervosa, gaguejava muito e ter contato com todos, fui melhorando isso. Comecei a ter muita confiança em mim, comecei a me expressar melhor… Hoje me sinto mais à vontade e valorizada com muita dignidade, tudo isso graças ao novo trabalho”. ressalta Laura Simões.

A inclusão de meninas com síndrome de down veio após uma visita há uma instituição filantrópica de Maceió e, despertou o interesse pela causa e como incluir estas meninas no mercado de trabalho. Desde 2022, a CEO da marca, a modelo Olívia Gama trabalha com Ana Clara e Laura e se diz muito satisfeita pelo que as meninas se tornaram.

“A Alma de Sereia tem o propósito de incluir socialmente todas as mulheres, independente da deficiência, do corpo, da cor da pele, do gênero… Todas as mulheres podem ser sereias. A mulher é linda do jeito que ela é e as minhas meninas não fogem disso. Eu amo tê-las com a gente, amo a liberdade que elas criaram após se tornarem modelos e a independência que elas conseguiram”. Comenta Olívia Gama, idealizadora da marca.

A inclusão de pessoas com alguma deficiência, em especial as com síndrome de down não beneficia apenas a eles próprios, mas a todos que estão a sua volta, despertando boas práticas como a empatia, a tolerância e o respeito ao próximo.

Por Assessoria