MPAL e outros órgãos promovem evento para discutir abuso sexual contra criança e adolescente

Pensar em blindar, traçar formas de cuidado e ações que possam minimizar ou extinguir os crimes contra a criança e o adolescente levou o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) e outros órgãos e entidades a promoverem a primeira edição do Encontro Interinstitucional de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, com o tema “A escuta como instrumento pedagógico”.

O evento aconteceu na sede da OAB/AL e contou com a presença de dirigentes, gestores, técnicos, professores e conselheiros da Educação do Estado de Alagoas.

Para fomentar o encontro houve apresentação da Nota Recomendatória Conjunta nº. 001/2022, e lançamento do documentário “Se eu contar você escuta?”, cases e discussão sobre eixos temáticos indispensáveis para se apostar em mudanças e no desenvolvimento de atividades preventivas que influenciem diretamente nos elevados índices de violência contra meninas e meninos em todo Brasil.

O coordenador do Núcleo de Defesa da Infância e da Juventude, promotor de Justiça Cláudio Malta, representante do MPAL no Encontro, entende que é preciso aprofundar esse tema, unir mais órgãos, entidades e também a sociedade civil para o fortalecimento da Rede de Proteção e iniciativas eficazes no enfrentamento à exploração e abuso sexual contra esse público.

“O Brasil contabiliza, diariamente, mihares de casos e é preciso que tenhamos uma visão interdisciplinar e multiprofissional sobre a proteção da criança e do adolescente. Temos de trabalhar de forma cooperada atentos aos registros e criando possibilidades de combate a esse mal que tanto vitima e rotula meninos e meninas. Os números são estarrecedores no país e, em Alagoas, em particular, não é diferente, pois nos registros da Sesau, entre os anos de 2019 e 2021, tivemos mais de dois mil casos confirmados. Esse enfrentamento é preciso ocorrer em qualquer lugar, seja em casa ou na escola, e não podemos nos distanciar da problemática porque é nosso dever garantir a proteção”. Cláudio Malta.

Além do Ministério Público do Estado de Alagoas, a Secretaria de Estado da Educação (SEDUC), o Conselho Estadual de Educação (CEE), o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA), a União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (UNCME) e a União dos Dirigentes Municipais de Educação de Alagoas (UNDIME) participaram da organização do evento.

 Redação com Assessoria