Ex-presidente da República gastou R$ 14 mil em padaria de Maceió
O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), e sua equipe visitaram, em algumas poucas oportunidades, o Estado de Alagoas para realizar a entrega de alguns conjuntos habitacionais e trechos de obras do Canal do Sertão. Em uma de suas estadias em Maceió, Bolsonaro gastou, no cartão coorporativo, quase R$ 14 mil em uma padaria.
As informações são do próprio Governo Federal ao detalhar os gastos do então ex-presidente. Bolsonaro, antes de deixar o mandato, autorizou sigilo de 100 anos em muitos de seus atos.
O portal Folha de Alagoas fez o levantamento das informações e tal valor se deu na Panificação Alteza, que possui unidades na Ponta Verde e Pajuçara. Foram duas notas fiscais: uma de R$ 12.840 e outra de R$ 1.111, totalizando R$ 13.951.
A data foi 28/09/2021, quando Jair Bolsonaro participou da entrega de moradias em Teotônio Vilela. Nesse mesmo dia, a equipe de Bolsonaro também usou R$ 1.560 em alimentação no Hotel Inter City, no bairro da Ponta Verde.
Ainda em 2021, mas em 13 de maio, Bolsonaro foi a outra solenidade em Maceió e depois se dirigiu para inaugurar o trecho IV do Canal do Sertão, em São José da Tapera. Nessa data, Bolsonaro e integrantes da sua equipe gastaram mais de R$ 48 mil, entre hospedagens, combustíveis e alimentação.
No documento, aparecem R$ 23.095 gastos no Hotel Ponta Verde, o equivalente a pelo menos 25 diárias na unidade. Já no Sertão, o local escolhido foi o Hotel Aline Bristol, em Delmiro Gouveia, onde a despesa chegou a R$ 23.057, juntando quatro notas fiscais de hospedagem e alimentação. O número chama a atenção, pois Bolsonaro não pernoitou em solo alagoano.
Também houve R$ 2.427 gastos no Maxi Posto de Combustíveis, na Gruta de Lourdes, em Maceió, além de R$ 200 em almoço num restaurante na cidade de Piranhas. Bolsonaro ainda esteve em Alagoas em outras oportunidades, como na motociata do dia 28/06/2022, porém, não constam compras no cartão corporativo.
Por Editoria de Política com Folha de Alagoas e agências
Ao todo, Bolsonaro gastou R$ 27,6 milhões no cartão corporativo em quatro anos. Contas desproporcionais e rotineiras em padarias, peixarias, lanchonetes e hotéis geraram uma série de questionamentos.
MONTANTE
Os dados divulgados mostram que a gestão Jair Bolsonaro gastou R$ 27,6 milhões em cartões corporativos em quatro anos. O valor inclui o cartão pessoal de Bolsonaro e, também, outros cartões usados por ajudantes de ordens e funcionários da presidência.
Os dados foram incluídos no último dia 6 no repositório de informações classificadas da Secretaria-Geral da Presidência da República e identificados nesta semana pela agência de dados públicos Fiquem Sabendo – especializada em pedidos pela Lei de Acesso à Informação (LAI).
Nos gastos agrupados por mês, há um pico em dezembro de 2020, quando foram gastos R$ 1,4 milhões. A partir de abril de 2022, os dados indicam uma queda brusca no uso do cartão. Segundo o governo, as informações vão até 4 de dezembro.
Assim como no gráfico por mês, o gráfico por dias aponta uma movimentação maior de dinheiro entre julho de 2020 e março de 2021. Nesse período estão os maiores picos do gráfico: um em 3 de janeiro de 2021 no valor de R$ 313 mil e o outro em 23 de dezembro do mesmo ano (R$ 351 mil).