Por risco à imparcialidade, MP pede transferência de júri de feminicídio no interior de AL

O Ministério Público de Alagoas (MPAL) divulgou nesta sexta-feira (13), que solicitou a transferência do julgamento do caso de feminicídio da Mônica Cristina Alves Barros, ocorrido no ano de 2023 em frente ao Fórum de São José da Tapera, para outra comarca.
De acordo com o MPAL, a primeira fase do processo foi concluída e, por meio da Promotoria de Justiça local, representada pelo promotor de Justiça Fábio Nunes, requereu o desaforamento para que o réu, Leandro Pinheiro Barros, seja julgado em outra Comarca.
Fábio Nunes explica o que o motivou a adotar tal medida, vista por ele como prevenção. “O Ministério Público entendeu que, pela repercussão do caso, também pelo grande ciclo de amizades do réu na cidade, e havendo fundadas suspeitas de que os jurados não agiriam com imparcialidade, o julgamento deveria ocorrer em outra comarca”, destaca.
Além disso, tendo em vista o fato de que alguns familiares do pronunciado já tiveram ou têm envolvimento com crimes, reforça o pedido do membro ministerial. Leandro Barros é réu confesso do assassinato da esposa.
Entenda o caso
No dia 18 de junho de 2023, Mônica Cristina e Leandro Pinheiro, tinham ido a uma festa e, segundo vídeo gravado pela própria vítima poucas horas antes de morrer, viviam um relacionamento abusivo entre agressões físicas e psicológicas.
Ela revelou que, no momento da gravação, onde é perceptível que caminhava assustada, em lugar escuro, tentava se esconder do criminoso. Afirmou que se fosse encontrada morta, o esposo seria o assassino.
Logo em seguida, a tragédia ocorreu e Mônica teve a vida interrompida na frente do Fórum de São José da Tapera. O criminoso tentou fugir, mas o Ministério Público de Alagoas, mesmo antes de ser executada a sua prisão, ofertou denúncia em seu desfavor por homicídio triplamente qualificado, pedindo sua prisão preventiva.
Por Assessoria