23 de novembro de 2024

Bancada de Alagoas deve ter maioria por CPI sobre atos terroristas

Rafael Brito e Paulão garantem apoio para que a Câmara dos Deputados instaure a CPI - Foto: Assessoria e Edilson Omena

A bancada alagoana, tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado, deverá, em sua maioria, apoiar a criação das CPIs para apurar os atos terroristas ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro. Dos nove deputados federais eleitos, ao menos cinco deverão assinar o pedido na Casa.

Já no Senado, Renan Calheiros (MDB) é autor do pedido ao lado de Soraya Thronicke (União Brasil), enquanto Renan Filho (MDB) ocupa o Ministério dos Transportes, seu suplente, Fernando Farias (MDB), deve acompanhar a legenda.

No Senado, o pedido de CPI já conta com 31 das 27 assinaturas mínimas, mas com os parlamentares da atual legislatura e sem o nome de Rodrigo Cunha (União Brasil) e Fernando Collor (PTB) na lista. Um terço da Casa se renova em 1º de fevereiro, data na qual o presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD) afirmou que o tema começa a ser debatido e assinaturas substitutas aos que encerram mandato terão de ser recolhidas novamente.

“Tanto a comissão parlamentar de inquérito quanto outras providências, inclusive a apreciação de vetos, ficarão para o início da legislatura, logo após o dia primeiro de fevereiro. Quem estiver na presidência do Senado evidentemente terá esse compromisso, de cuidar da leitura desse requerimento de CPI”, disse Rodrigo Pacheco em entrevista coletiva nesta terça-feira (10).

Rodrigo Cunha não respondeu à reportagem.

CÂMARA

Já na Câmara dos Deputados, ainda não há assinaturas coletadas para sua CPI e o tema, assim como no Senado, deve ficar para fevereiro quando os novos mandatos dos parlamentares se iniciam. Dos nove deputados federais, ao menos cinco devem assinar pela criação da Comissão.

“Com certeza. Posso assinar agora?”, confirma Rafael Brito (MDB) à reportagem da Tribuna. Além dele, Paulão (PT) já declarou abertamente ser favorável à CPI dos atos terroristas de 8 de janeiro. Devem se somar aos dois, Isnaldo Bulhões, líder do MDB na Câmara dos Deputados; Luciano Amaral, do PV, que compõe a Federação Brasil da Esperança ao de PT e PCdoB; e Daniel Barbosa (PP), que apoiou a eleição de Lula (PT) desde o primeiro turno das eleições de 2022.

Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos Deputados, não se pronunciou especificamente sobre a criação de uma CPI na Casa que preside, mas tem condenado fortemente os atos de 8 de janeiro.

Entre os demais, Marx Beltrão (PP) é o que se mostra mais propenso a assinar o pedido de CPI, basta olhar as críticas que fez aos atos de 8 de janeiro. Fábio Costa (PP), Alfredo Gaspar (União Brasil) são bolsonaristas e até criticaram o ocorrido em Brasília, mas num tom de ponderação destoante dos demais parlamentares.

A reportagem contatou Daniel Barbosa, Marx Beltrão, Fábio Costa, Alfredo Gaspar e Luciano Amaral, mas não houve resposta até o fechamento desta edição. Não foi possível o contato com Isnaldo Bulhões.

PÓS-FECHAMENTO

Alfredo Gaspar e Fábio Costa responderam à reportagem após o fechamento da edição desta quinta-feira (12) da Tribuna Independente.

“Pelo que eu saiba, até o presente momento, a CPI será instalada no Senado, já tendo alcançado o número mínimo de assinaturas. Na CD, não fui comunicado sobre existência de CPI. Qualquer apuração legislativa, sobre temas relevantes, terá sempre meu apoio”, disse Alfredo Gaspar.

“Manifestarei meus posicionamentos na Câmara após a posse como deputado”, dissa Fábio Costa.

Por Tribuna Independente