Primeira série de ficção alagoana aborda fé, mistério e amor em Arapiraca; confira sinopse

A luta entre o bem e o mal é uma velha conhecida das histórias e narrativas ao longo dos tempos. Mas o que é mais pertinente perceber é que esse embate se dá, também, dentro de nós.
E é a partir dessa perspectiva que a série Contos Perdidos de Alagoas ganha forma. Em sua primeira temporada — que está sendo gravada até o início deste mês de junho em Arapiraca —, ela aborda justamente até onde iríamos para salvar quem mais amamos.
Como cenário, os roteiristas estão utilizando uma Arapiraca da década de 1970 e outra: a cidade nos dias de hoje, centenária. Algumas locações estão sendo usadas na zona rural e igualmente no centro urbano.
Um dos principais panos de fundo é a igrejinha da Praça dos Curis, que fica no “coração” do município. Ela tem uma representação simbólica na série, com uma arquitetura peculiar que remete a tempos antigos.
“A ideia inicial é evocar essa força que a fé tem dentro da gente — os nossos quereres, nossas vontades de que as coisas aconteçam do jeito que a gente quer. Por vezes, justamente devido a essas vontades estarem alinhadas a medos e necessidades de sobrevivência, o ser humano acaba tomando direções não muito favoráveis, tanto para ele, como para as pessoas mais próximas de seu convívio, sobretudo, aquelas que amamos. Então, essencialmente, a série vem tratar sobre isso: até onde você vai para proteger quem você ama? Essa primeira temporada quer trazer esse debate. Será que vale mesmo a pena mergulharmos nessas profundezas? E fazer esses questionamentos é sempre algo saudável e, sinceramente, estamos muito felizes de poder fazer isso em um momento tão pulsante de Arapiraca em termos de Cultura e produção cinematográfica! Estamos ansiosos para as pessoas verem o resultado e sentirem orgulho de dizer: ‘Ei, eu conheço esse lugar! Foi gravado na minha cidade, com atores da minha terra!’ Arapiraca merece esse senso de pertencimento pelo tamanho que já tem, pela grandeza que já é”, pontua o roteirista e diretor Vitor Sousa.
Além disso, essa série de suspense psicológico tem mais de 200 pessoas da região do Agreste alagoano, Maceió e Bahia trabalhando juntas e movimentando a economia local, gerando emprego e renda dentro do espectro cultural, econômico e turístico da cidade.
PREPARAÇÃO
Mais coisas antes nunca vistas por aqui também aconteceram: entre os dias 23 e 27 de abril, a atriz baiana Luciana Souza — que esteve envolvidas em produções nacionais como os filmes Ó Pai Ó e Bacurau, por exemplo — esteve em Arapiraca realizando a Preparação de Elenco da série Contos Perdidos de Alagoas. Ela retornou em meados de maio para dar seguimento à preparação com os atores e atrizes, realizando ajustes finos até o dia do início das filmagens, iniciadas no último dia 20.
As locações foram escolhidas a dedo, com destaque para a Direção de Arte que esteve e está a todo vapor, já que a série se passará em dois momentos temporais.
Durante a preparação — ocorrida na Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) campus Arapiraca, apenas com elenco já escalado da série —, Luciana se deparou com profissionais cênicos almejando mostrar do que são capazes, agora tendo essa oportunidade com os Contos Perdidos.
“Aqui encontrei pessoas com certa trajetória já edificada e outras ainda começando. É um momento especial para mim, por ser uma primeira experiência minha com a preparação do elenco da série e a minha preparação em si, enquanto atriz. Ou seja, duas funções”, diz ela, que será a dona Neuza.
Ela também realizou, no dia 28 de abril, duas oficinas gratuitas viabilizadas pela Cine Arts, com organização da Brothers, Vision Graphos e Oxe Vamos Nessa, contando com apoio da Secretaria de Educação de Arapiraca. Os encontros aconteceram no Planetário Digital de Arapiraca, com turmas lotadas.
“Fiquei surpresa com o que vi aqui em Arapiraca. Fiquei seis dias seguidos e percebi que, a cada dia, as conversas e as necessidades me mostraram essa avidez por aprender, pedindo por mais. As pessoas pediram por mais oficinas. Assim, me sinto na obrigação de voltar mais vezes! Temos que resolver esse problema”, brinca Luciana, que adorou a cidade e o espírito envolto nela. “Isso, na verdade, nos mostra o quanto a Cultura ainda não tem o seu valor e o reconhecimento de seu valor. Precisamos incentivar mais projetos como este”, completa.
VEJA A SINOPSE DA SÉRIE
Em busca de uma notícia que envolve o passado de sua família, Samuel (Henrique Ávlis), um jornalista, descobre a história de Maria (Ana Beatriz), uma criança que na Arapiraca dos anos 1970 fazia milagres, curando pessoas que vinham de todo o Estado. Dona Neuza (Luciana Souza) ao lado Padre Rodrigues (Alberto do Carmo) protegem esta história, perpetuando por mais de 50 anos a perspectiva de fé e esperança do povoado da velha Arapiraca. Virgílio (Gabriel Faindé) — um ser enigmático — tenta destruir esse passado e, agora, dona Neuza e os fiéis vão defender, por meio da fé, os milagres de Maria.
SOBRE O SERIADO
A série Contos Perdidos de Alagoas, projeto proposto pela produtora Brothers, foi aprovada conquistando a nota máxima de dois pareceristas no edital “Casamento É Negócio?”, pela Lei Paulo Gustavo do Estado. Como contrapartida, foram efetuadas diversas oficinas gratuitas para os moradores do Agreste alagoano com o programa “Formação Audiovisual em Séries”, uma realização da produtora Cine Arts, com organização das produtoras Brothers, Vision, Graphos e Oxe Vamos Nessa, tendo apoio institucional da Prefeitura de Arapiraca e da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal). A metodologia Cine Arts já formou mais de 1,5 mil profissionais da área audiovisual na Bahia e agora traz para o território alagoano essa iniciativa.
Para saber mais novidades a respeito da série, acompanhe o perfil oficial do Instagram: @contosperdidosdealagoas.serie.
Por Assessoria