Filho de italiano reage a versão de PM: ‘Legítima defesa com 2 tiros?’
A família do italiano Fabio Campagnola, morto a tiros pelo policial militar da reserva José Pereira da Costa na Praia do Francês, em Marechal Deodoro, rebateu a versão do PM de que teria agido em legítima defesa. O crime ocorreu na porta da sorveteria do italiano nesta terça-feira (3) após uma discussão envolvendo a vítima, o autor dos disparos e a esposa do policial.
Em entrevista à imprensa, o filho de Fabio Campagnola, Dario Campagnola, contestou a versão do PM. Nessa quinta-feira (5), o advogado do suspeito, Napoleão Lima Junior, afirmou que não era objetivo do policial matar o empresário proprietário da sorveteria, mas que ele agiu para se defender.
“Meu pai estava muito calmo. Recebeu um cuspe na cara. Recebeu cadeira e mesas que foram jogadas contra ele e não teve nenhuma reação. A reação dele foi quando o policial colocou a arma para fora. Aí meu reagiu para não ser atingido”, relatou o filho do empresário, Dario Campagnola, que questiona:
“O advogado dele sustenta a tese de legítima defesa. A minha pergunta é: Por que atirar duas vezes?”, questiona o italiano.
Ele relata ainda que seu irmão, filho mais novo de Fábio, está mal com tudo o que aconteceu. O menino tem nove anos. “Meu pai era tudo para ele. Estamos todos revoltados com isso”, afirma pedindo Justiça:
“Estamos nos movimentando muito para que a Justiça seja feita no jeito certo para que nada seja ocultado. Quem cometeu o crime, policial, ex-policial, morador de rua, qualquer pessoa que seja, tem que pagar”, desabafa.
Fonte: Gazeta Web