12 de abril de 2025

Servidor entra com queixa-crime contra Julio Cezar, ex-prefeito e atual secretário de Palmeira dos Índios

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Júlio Cezar prefeito de Palmeira dos Índios – Foto: Divulgação

A política em Palmeira dos Índios, no Agreste de Alagoas, ganhou um novo capítulo com a denúncia apresentada por Sivaldo Teixeira Bezerra, servidor municipal, contra o ex-prefeito e atual secretário municipal, Júlio Cezar da Silva.

O servidor protocolou uma queixa-crime na 4ª Vara Criminal da Comarca local, alegando ter sido alvo de ofensas públicas durante um comício realizado em frente à sua residência, no povoado Riacho Santo, antes da eleição de 2024. Além da ação penal, Sivaldo também solicitou uma medida protetiva de urgência, alegando risco à sua integridade emocional e psicológica.

De acordo com o documento judicial, no dia 1º de outubro de 2024, por volta das 22h, Júlio Cezar utilizou um carro de som para proferir ofensas contra Sivaldo, incluindo acusações de corrupção e ataques pessoais. Além disso, vídeos divulgados nas redes sociais mostram que o ex-prefeito fez referência depreciativa à deficiência física do servidor, chamando-o de “suru” — termo utilizado para descrever animais sem cauda.

Entre as alegações feitas por Júlio Cezar no comício, está a afirmação de que Sivaldo teria recebido uma “mansão” construída com dinheiro público e que se beneficiaria de uma lei municipal para obter um salário de R$ 16 mil mensais. Diante da repercussão do caso e do abalo emocional sofrido, Sivaldo apresentou atestado médico e se afastou de suas funções por três meses.

Ação judicial e medida protetiva

A queixa-crime apresentada por Sivaldo pede a condenação de Júlio Cezar pelos crimes de calúnia, difamação, e injúria qualificada por discriminação. Além disso, o servidor solicita indenização por danos morais devido à exposição pública e às consequências psicológicas do episódio.

O pedido de medida protetiva visa impedir novas perseguições e intimidações por parte do ex-prefeito. O advogado de Sivaldo argumenta que Júlio Cezar possui grande influência política no município e que a medida se faz necessária para garantir a segurança do servidor. Caso concedida, a decisão proibirá Júlio Cezar de manter qualquer contato direto ou indireto com Sivaldo, inclusive por meio das redes sociais.

O Judiciário já recebeu a ação e aguarda manifestação do Ministério Público para os próximos desdobramentos.

Por Política em Pauta