Câncer de próstata: oncologista alerta para sinais da doença
Divaldo Alencar, Oncologista – Foto: Divulgação
Com a chegada de novembro, mês dedicado à saúde do homem, é essencial destacar a importância da conscientização sobre o câncer de próstata – o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. A prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais para um tratamento eficaz, aumentando as chances de cura em até 90%.
O câncer é, em essência, o crescimento descontrolado de células, que pode ser provocado por fatores genéticos ou mutações ao longo da vida. No caso do câncer de próstata, a proliferação descontrolada de células anormais se estabelece na próstata – glândula que circunda a uretra masculina e que contribui para a produção do sêmen. Alguns fatores específicos podem aumentar o risco de desenvolvimento da doença.
Um dos principais elementos de risco é a idade, com a maioria dos diagnósticos ocorrendo em homens a partir dos 60 anos. Hábitos de vida prejudiciais, como sedentarismo, obesidade e tabagismo, também desempenham um papel significativo. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que, entre 2023 e 2025, surjam 71.730 novos casos.
O oncologista clínico e coordenador médico da Oncologia e Centro de Terapia Assistida (CTA) da Unimed Maceió, Divaldo Alencar, enfatiza que a melhor forma de prevenção é a realização de exames periódicos. O oncologista também alerta que as chances de cura dependem do estágio da doença no momento do diagnóstico e das características específicas do tumor. “A melhor forma de aumentar as chances é realizar o diagnóstico precoce, com a ajuda das medidas de rastreamento”.
A partir dos 45 anos, homens com histórico familiar de câncer de próstata devem iniciar o acompanhamento com um urologista, que poderá indicar exames de sangue como o PSA (Antígeno Prostático Específico), que mede a quantidade de uma proteína produzida pela próstata, e o exame de toque retal, para identificar nódulos ou anormalidades. Homens com histórico familiar de câncer de próstata ou de etnia negra devem considerar discussões mais precoces sobre rastreamento com seus médicos, devido à predisposição genética.
O oncologista da Unimed Maceió enfatiza que os estigmas em torno do exame de toque retal muitas vezes afastam os homens da realização desse procedimento essencial, destacando a importância de desmistificar o exame como parte de um cuidado preventivo. “Precisamos acabar com os preconceitos associados ao toque retal. Esse exame é fundamental para a detecção precoce de problemas de saúde e não deve ser encarado com vergonha ou medo”, afirma Divaldo.
SINAIS DE ALERTA – É importante ressaltar que, em muitos casos, o câncer de próstata não apresenta sintomas nas fases iniciais. Por isso, estar atento aos sinais é fundamental. Dificuldades para urinar, dificuldade em iniciar ou interromper o fluxo urinário, aumento da frequência urinária, especialmente à noite, sangue na urina ou no sêmen, e dor na região pélvica são alguns dos sintomas que não devem ser ignorados.
Além dos exames, hábitos saudáveis são aliados importantes na prevenção. A prática regular de atividades físicas, uma alimentação equilibrada rica em frutas, verduras e peixes e a não utilização de substâncias prejudiciais são essenciais para manter a saúde em dia.
Por Assessoria