Caso Maria Katharina: laudo pericial descarta a hipótese de homicídio informa Polícia Civil
Foto: Reprodução
No começo da noite desta terça-feira (15), a Polícia Civil de Alagoas divulgou um vídeo gravado pelo Chefe de Operações da Delegacia Regional de Palmeira dos Índios, Diogo Martins, informando que o laudo pericial da reprodução simulada, solicitado pelo delegado responsável pelo caso, descarta a hipótese de homicídio como causa da morte da menina Maria Katharina, de 10 anos.
No dia 8 de julho de 2024, a menina foi encontrada enforcada no estábulo da fazenda onde residia com a família, em Palmeira dos Índios.
Desde então, as autoridades vêm investigando o caso com o objetivo de determinar as circunstâncias do óbito. O relatório inicial do exame cadavérico indicou asfixia por enforcamento como causa da morte, e a principal hipótese de investigação era suicídio.
Contudo, havia incertezas sobre a habilidade da criança, tão nova, de prender a corda no teto do estábulo, o que motivou as autoridades policiais a solicitarem uma simulação.
Segundo o relato do Chefe de Operações, Diogo Martins, os especialistas chegaram à conclusão de que a menina poderia ter amarrado a corda para tirar a própria vida.
Ele também esclarece que o laudo indica que não foram encontradas lesões de defesa ou indícios de luta no corpo da criança, além de indicar a presença de um terceiro indivíduo no local onde a garota foi encontrada.
De acordo com o agente policial, como não foram encontrados indícios de crime. O inquérito policial foi finalizado sem a indiciação de ninguém.
Diogo Martins também afirmou que a polícia agora começará a investigar as alegações feitas pela mãe de Maria Katharina, e que esse processo ocorrerá simultaneamente ao inquérito sobre o suicídio, que foi dado como encerrado.
Durante a reprodução simulada realizada pela Polícia Científica, como parte das investigações sobre a morte de Maria Katharina Simões da Costa, a mãe da criança, Maria Virgínia, 48, conversou pela primeira vez com a imprensa sobre o caso. Em tom de desabafo, lançou uma série de acusações contra o pai da criança, que também estava presente, acompanhando e fornecendo esclarecimentos aos peritos, mas não quis conceder entrevistas.
“Ele [o pai] a espancava, a agredia. No dia do falecimento de Maria Katharina, o filho estava presente. No depoimento, o garoto afirmou que ela foi agredida por ele, mas mentiu, afirmando que não a bateu”, explicou Maria Virgínia.
Por Redação