Ministério da Saúde faz coleta de dados para pesquisa sobre Covid em Arapiraca
Teste rápido de Covid-19 – Foto: divulgação
250 moradores de Arapiraca irão para participar da nova fase da pesquisa do Ministério da Saúde sobre Covid-19. O estudo epidemiológico Epicovid 2.0, coordenado pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente e encomendado pela à Universidade Federal de Pelotas, deve ouvir um número igual de moradores de Maceió.
As pessoas selecionadas para essa fase da pesquisa já fizeram parte das rodadas anteriores, realizadas entre 2020 e 2021. As equipes de entrevistadores irão ouvir os selecionados sobre questões centradas em pontos como vacinação, histórico de infecção pelo coronavírus, sintomas de longa duração e os efeitos da doença sobre o cotidiano.
“A Epicovid 2.0 faz parte do trabalho de fortalecimento do monitoramento da Covid-19, que o Ministério da Saúde vem realizando desde maio de 2023”, explica a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Ethel Maciel.
De acordo com a secretária, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 20% das pessoas, independentemente da gravidade da doença, desenvolvem condições pós-Covid. Neste sentido, segundo ela, é preciso apurar os dados relativos ao Brasil para ampliar serviços, como atendimento neurológico, fisioterapia e assistência em saúde mental.
Com base nos resultados, o Ministério da Saúde terá condições de qualificar e ampliar serviços especializados demandados por conta de efeitos da chamada Covid longa. A análise completa dos dados também irá embasar artigos científicos que auxiliem a compreender o impacto da Covid-19 no Brasil.
Primeiras fases do estudo
Entre 2020 e 2021, o Epicovid-19 serviu para traçar um retrato da pandemia que auxiliou cientistas e autoridades em saúde pública a compreender melhor os efeitos e a disseminação do coronavírus no país. Entre as principais conclusões, o estudo apontou que a quantidade de pessoas infectadas naquele momento era três vezes maior que os dados oficiais, com os 20% mais pobres tendo o dobro de risco de infecção em relação aos 20% dos brasileiros mais ricos.
A pesquisa foi também uma das primeiras no mundo a apontar as perdas de olfato e paladar como sintomas iniciais da doença, auxiliando na identificação dos casos sob suspeita.
Por Assessoria