Justiça decreta prisão preventiva de homem que matou esposa em Murici
Vítima de feminicídio em Murici havia feito post recente agradecendo marido – Foto: Reprodução
Após audiência de custódia,a juíza plantonista Priscilla Emanuelle de Melo Cavalcante converteu para preventiva a prisão em flagrante de Jeferson Marco Timóteo da Silva, que assassinou com cinco tiros a esposa, Carla Janiere da Silva, de 24 anos, na tarde dessa terça-feira, 14, dentro da loja do casal, no Centro de Murici, na Zona da Mata de Alagoas.
Após o crime, Jeferson foi preso por uma guarnição da Polícia Militar (PM) e foi autuado em flagrante pelo delegado plantonista Fernando Lustosa, na Delegacia Regional de Viçosa.
A prima de Carla, Laura Michele, contou que o companheiro de Jane, como ela era conhecida, era possessivo e muito ciumento. “Ele era muito possessivo com ela, ciumento, não deixava ela vestir roupa curta. Era de casa para o trabalho, não podia ir para a academia, não podia sair com ninguém. Era ciume total”, destacou.
Jefferson já tinha agredido a mulher outras vezes. “Ele já agrediu ela, ela arrumava as coisas dela diversas vezes, não deixava ela sair de casa, trancava a porta. Ela foi para a academia e ele a deixou na rua, porque ficou com ciúmes.
Ainda conforme a prima, o casal havia se separado e reatado o relacionamento a cerca de quatro meses. “Ele sempre prometia isso, prometia aquilo. Dizia que ia mudar, que amava ela, e a gente sabia que isso não era verdade”, frisou.
Carla Janieri era empresária e tinha uma loja de roupas femininas em Porto Calvo, região norte de Alagoas. E foi o companheiro quem a convenceu a expandir os negócios e abrir uma segunda unidade da loja no município de Murici.
Familiares ainda tentaram fazer com que ela mudasse de ideia, mas não teve jeito. Ela decidiu seguir o próprio sonho. “Eu sempre dizia a Jane, não vai, fica aqui, mas ele a convenceu e a levou pra lá. Tirou ela da gente, de perto da família dela”, salientou a prima.
No dia do crime, horas antes de ir até a loja, Jefferson parou num bar na cidade, onde comeu e bebeu. O dono do estabelecimento gravou um áudio dizendo que Jefferson estava bastante alterado.
“Hoje ele estava muito assustado e nervoso pegou a cerveja, acabou, pagou e pegou o carro dele, o jeep e saiu. Deu umas meia hora e voltou, pediu mais uma cerveja e estava transformado, fora de si, muito calado, fechado, mas o semblante dele não estava bem, respiração ofegante…”, disse o dono do bar.
Por Tribuna Hoje com agências