Guilherme Caribé e ‘Cachorrão’ conquistam o ouro na natação
Guilherme Costa é campeão dos 400m livre masculino nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023 – Foto: Satiro Sodré / CBDA
Guilherme Costa, o Cachorrão, garantiu seu segundo ouro em Santiago, nesta segunda-feira, pelos 800m livre. Um pouco antes, no início das competições, Guilherme Caribé conquistou também o lugar mais alto do pódio nos 100m livre, e atingiu o índice olímpico. Na mesma prova feminina, Stephanie Balduccini levou a medalha de prata. Gabrielle Assis e Viviane Jungblut conseguiram o bronze nos 200m peito feminino e nos 800m livre, respectivamente. O 4×100 medley misto fechou o dia com mais um bronze para o Brasil.
Guilherme Costa conseguiu mais uma medalha de ouro nos 800m livre, e bateu o recorde Pan-Americano, com o tempo de 7min53s01. O brasileiro manteve a liderança durante quase toda a prova, deixando o segundo lugar para o venezuelano Alfonso Mestre, com 7min54s46. O bronze foi para o americano John Gallant 7min58s96.
– Falta a medalha olímpica, é meu grande objetivo. Vai ser ano que vem, então, eu quero chegar muito bem lá. Acho que é única coisa que falta e eu vou brigar pelo ouro – disse Cachorrão.
Com dois Guilhermes no alto do pódio, nesta segunda-feira, Caribé levou o ouro pela natação, nos 100m livre, em 48s06. A prata e o bronze foram para os americanos Brooks Curry, com 48s38 e Jonathan Kulow 48s38. O baiano já tinha conseguido a maior medalha duas vezes em Santiago: no 4x100m livre misto e no 4×100 livre.
– É bem especial. Tenho apenas 20 anos, então tenho muita carreira pela frente. Meu primeiro Pan-Americano, até então três medalhas de ouro, então tá sendo bem legal. Essa competição me anima ainda mais para o ano que vem. Vamos para esse Jogos Olímpicos buscando o que eu não fiz no Mundial – disse Caribé.
Com o tempo da prova, o atleta alcançou o índice, conhecido como Tempo de Classificação Olímpica, mas isso não significa presença garantida nos Jogos de Paris 2024. A delegação brasileira da natação deverá ser definida apenas no ano que vem, em seletiva única, ainda sem data e local marcados.
No feminino, Stephanie Balduccini levou a medalha de prata nos 100m livre, em 54s13, atrás apenas da canadense Maggie Macneil, com 53s64. A americana Catie De Loof ficou com o bronze, com 54s50.
– Nunca nadei abaixo de 53, mas me senti bem feliz, bem contente, acho que estou no lugar certo. Foi um período difícil psicologicamente. A “vozinha” na minha cabeça falava muito mais alto, eu duvidava muito de mim, nada que eu fazia era suficiente. Aos poucos eu já estou reconstruindo essa base, essa confiança dentro de mim. Essa nova fase na minha vida com certeza está ajudando. No dia a dia é que a gente constroi essa confiança e é isso que estou fazendo – disse Stephanie.
Gabrielle Assis conseguiu a primeira medalha do Brasil na prova de 200m peito, e ficou com o bronze na prova. A brasileira quebrou o recorde brasileiro, com o tempo de 2min25s52. A canadenses Sidney Pickrem e Kelsey Wog ficaram com o ouro 2min23s39 e a prata 2min23s49.
– Estou muito feliz por essa conquista. Queria um tempo mais baixo, queria buscar o meu melhor da vida. Mas estou feliz. É difícil chegar aqui e nadar duas vezes forte. É a primeira vez que uma mulher (brasileira) conquista uma medalha em Pan-Americano nessa prova 200 peito. Paris é logo ali. A gente está em busca desse índice olímpico. Se Deus quiser, tudo vai dar certo e ano que vem a gente vai estar lá juntos – disse Gabrielle
Viviane Jungblut conquistou sua segunda medalha de bronze na história dos Pan-Americanos, nos 800m livre, com o tempo de 8min33s55. A atleta repetiu o feito de 2019, nos Jogos do Peru, assumindo o terceiro lugar no pódio. O ouro e a prata foram para as americanas Paige Madden, com 8min27s99, e Rachel Stege, com 8min28s50.
– Eu estou muito feliz. Essa prova tem se tornado a mais difícil do meu programa. O ritmo um pouquinho mais forte aí. Estou muito feliz com essa medalha. Significa bastante para mim. Não tive um mundial muito bom, a gente teve que replanejar algumas coisas. Mas, com certeza, começar a competição com uma medalha é sempre bom – contou Viviane.
A equipe de 4×100 medley misto encerrou o dia no terceiro lugar do pódio, com mais uma medalha para o Brasil. Guilherme Basseto abriu no nado costas, seguido por João Gomes Júnior, no nado peito. Clarissa Rodrigues deu seguimento no borboleta e, Stephanie Balduccini, no livre, finalizando o revezamento no tempo total de 3min49s24. Os Estados Unidos ficaram com o ouro na prova, com o recorde pan-americano de 3min44s71, e o Canadá levou a prata, em 3min46s20.
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Resumo das conquistas do Brasil no 3º dia de finais da natação:
🥇 Guilherme Costa – 800m livre masculino
🥇 Guilherme Caribé – 100m livre masculino
🥈 Stephanie Baduccini – 100m livre feminino
🥉 Gabrielle Assis – 200m peito feminino
🥉 Viviane Jungblut – 800m livre feminino
🥉 4×100 medley misto
Por globoesporte