Central de Transplantes de Alagoas promove ação educativa sobre doações de órgãos
Ação educativa alusiva ao Setembro Verde incentivou a doação de órgãos no domingo – Foto: Olival Santos / Ascom Sesau
Para conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) promoveu, no domingo (24), uma ação educativa na rua fechada da praia de Ponta Verde, em Maceió. Durante a iniciativa, houve a distribuição de panfletos conscientizando sobre a doação de órgãos, e também foram disponibilizados à população testes rápidos de HIV, Sífilis e Hepatites B e C, além de aferição de pressão arterial e glicemia capilar.
A ação educativa é mais uma atividade da programação alusiva à Campanha Setembro Verde, que visa conscientizar os alagoanos para manter a tendência de aumento no número de transplantes de órgão realizados em Alagoas. Isso porque, no período de janeiro a agosto deste ano, 63 procedimentos foram feitos no Estado, o que representa um aumento de 12,5%, quando comparado com os 56 feitos nos primeiros oito meses de 2022.
O secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, salientou que, todo o investimento no processo de conscientização e captação de órgãos é fundamental, visando estimular a doação e, reduzindo, desse modo, a fila de espera por um transplante. “O processo de doação de órgãos passa pela conscientização e por um trabalho de captação minucioso. Por isso, foi fundamental a iniciativa deste domingo, realizada pela Central de Transplantes de Alagoas”, enfatizou o gestor da saúde estadual.
Importância da família
A coordenadora da Central Estadual de Transplantes de Alagoas, Daniela Ramos, salienta que, no Brasil, a doação de órgãos só é efetuada mediante autorização familiar. Portanto, mesmo que alguém tenha expressado o desejo de ser doador em vida, a doação só ocorre se a família concordar. “Por isso, conscientizar a população é de grande importância para ajudar a reduzir mitos e medos em torno desse gesto, uma vez que o papel dos familiares nesse contexto é fundamental, pois só eles podem liberar a doação. Desse modo, a pessoa que tiver o desejo de doar, deve comunicar à família, conscientizando-a para que compreenda e compartilhe a relevância da doação de órgãos”, explicou.
De acordo com Daniela Ramos, as doações de órgãos só acontecem após uma série de processos e protocolos de segurança, incluindo o diagnóstico de morte encefálica, a autorização familiar para doação, a avaliação dos órgãos de modo a afastar doenças infecciosas, além da realização de exames de compatibilidade com prováveis receptores. “As pessoas precisam conhecer e confiar no sistema de doação, que é rígido e seguro. Só após a confirmação do diagnóstico, a Central Estadual de Transplantes de Alagoas é notificada e a família consultada. É por meio da entrevista feita por uma equipe de profissionais de saúde que a família é informada sobre o processo e é solicitado o consentimento para a doação de órgãos”, destacou.
Conscientização A moradora do bairro Ponta Verde Marli Vieira, de 70 anos, que caminhava pela praia de Ponta Verde na manhã do domingo (24), foi uma das pessoas abordadas pela equipe da Central de Transplantes de Alagoas e conscientizada sobre a importância da doação de órgãos. “Sempre estou por aqui me exercitando, vi a ação e, após receber as orientações do pessoal, resolvi fazer os testes rápidos. Achei muito legal essa atividade e todos foram muito atenciosos”, relatou.
Natural do Estado do Paraná, Ricardo Ragazzi, de 27 anos, aproveitou a ação para declarar ser doador de órgãos e se cadastrar como doador de medula óssea. “O que me motiva a me cadastrar como doador de órgãos é saber que posso ajudar alguém a salvar vidas. Sempre tive interesse em ser doador de medula óssea e aproveitei a ação deste domingo para conseguir realizar esse sonho”, destacou.
Por Ruana Padilha / Ascom Sesau