REDE MUNICIPAL DISPONIBILIZA ONLINE A CARTILHA DE ENSINO DE HISTÓRIA AFROFEMINISTA
Davi Salsa (Gabinete do Prefeito)
Já está disponível para download a Cartilha Afrofeminista Kantayeni, criada pela professora da rede municipal de ensino de Arapiraca, Ana Karla Messias.
O trabalho é fruto de uma dissertação de Mestrado Profissional em Ensino de História pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Ana Karla Messias revela que a cartilha foi concebida para auxiliar os professores em práticas e abordagens antirracistas no ambiente escolar.
A valorização da diversidade étnico cultural e educação antirracista no cotidiano escolar contribui para a efetivação da Lei 10.639/2003.
Metodologia inovadora
” O foco principal está na elaboração de metodologias inovadoras que problematizem, representem, dialoguem e contextualizem a etnia negra a partir de estratégias que evidenciem o papel da mulher negra na sociedade, difundindo sua voz e protagonismo nos espaços sociais”, explica a professora.
Ana Karla frisa que as atividades da cartilha foram organizadas através do Grupo de Estudos Tereza de Benguela, situado na Escola Municipal Matheus Santana, e formado por alunas das séries finais do Ensino Fundamental, realizando debates, trocas de experiências cotidianas, análises de imagens em oficinas artísticas e produção textual que serviram de suporte pedagógico para que a valorização da identidade afro-feminista seja vista sob o prisma da criticidade e do empoderamento nas alunas.
QR Code e podcasts
A Cartilha Digital usa QR Codes e Podcasts que levarão a vídeos e outras perspectivas interativas. Nesse sentido, a metodologia qualitativa e experimental desenvolveu produto e processo. Assim, o produto constitui um viés para que outros professores possam redimensionar suas práticas no sentido de um “feito histórico” e ressignificar as práticas cotidianas e a integração do conhecimento onde as questões de diversidade servem como instrumento de ensino-aprendizagem e como reflexo crítico do contexto socioeconômico, político e cultural das alunas. Autoras negras como Suely Carneiro (2005), bell hooks (2013), Djamila Ribeiro (2017) e Angela Davis (1985) norteiam o quadro teórico do projeto.
Além disso, a cartilha possui dez modalidades, incluindo o artesanato, filmes, artistas alagoanas, músicas, fotografias, entre outros importantes temas para nortear a pesquisa, o estudo e o ensino da história afrofeminista.
Para acessar a cartilha:
https://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/18178
Por Assessoria