Criado por Luciano Barbosa, Programa Escola em Tempo Integral torna Alagoas o 2º estado com mais adesão no Brasil
Alagoas é o 2º estado com maior adesão ao Programa Escola em Tempo Integral no Brasil. O estado tem 98% dos seus municípios cadastrados no programa; pactuação das metas de matrículas deve ser feita até 15 de outubro
Alagoas ficou em segundo lugar entre os estados brasileiros com maior adesão ao Programa Escola em Tempo Integral, do Governo Federal. Segundo levantamento divulgado pelo Ministério da Educação (MEC), Alagoas empatou com a Bahia na segunda posição, com 98% dos municípios cadastrados. Ceará, Distrito Federal e Maranhão ficaram em primeiro lugar, com 100% de municípios inscritos. Em todo o Brasil, 86% dos municípios, além de todos os estados, fizeram adesão ao programa.
Lançado pelo Governo Federal no dia 31 de julho, o Programa Escola em Tempo Integral pretende ampliar em 1 milhão o número de matrículas da modalidade, totalizando um investimento de R$ 4 bilhões, que inclui, ainda, assistência técnica para a oferta do projeto político-pedagógico.
Para o secretário de Estado da Educação, Marcius Beltrão, o resultado é um reflexo do alinhamento das políticas educacionais com vistas ao fortalecimento do processo de ensino e aprendizagem, desenvolvidas pelos governos estadual e federal.
“O ensino integral já está presente em mais de cem escolas da rede estadual. E temos investido permanentemente neste formato para proporcionar cada vez mais oportunidades aos nossos estudantes, contemplando, inclusive, a formação profissionalizante. É dessa forma que o Governo de Alagoas trabalha para garantir a perspectiva de um futuro promissor para os nossos jovens”, afirma o secretário.
Pactuação
Passada a fase de adesão, agora os Estados e Municípios que aderiram à política terão até 15 de outubro para informarem se pactuarão o número de matrículas em tempo integral sugerido pelo MEC, ou se optarão por um quantitativo menor. Esse procedimento deve ser feito por meio do Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle (Simec).
No ato da pactuação, será preciso apontar para quais segmentos as matrículas serão distribuídas: creche ou pré-escola, na educação infantil; anos iniciais e finais, no ensino fundamental; e ensino médio. As secretarias também precisarão apresentar ao ministério a sua Política de Educação Integral.
Modelo alagoano
Na rede estadual de Alagoas, o Programa Alagoano de Ensino Integral (PALEI) existe desde 2015 e, atualmente, abrange mais de 30 mil alunos distribuídos em 116 escolas – o que representa 40% do quantitativo total de unidades. Esse resultado faz com que o estado seja o 4º no ranking nacional em escolas públicas com ensino integral, ficando atrás apenas de Pernambuco, Paraíba e Ceará.
No PALEI, as escolas possuem uma jornada de estudos de 7 ou 9 horas, e um currículo com uma formação mais ampla e com uma série de atividades que fortalecem a aprendizagem, a exemplo das disciplinas eletivas, projetos integradores e estudos orientados.
Seminários
No dia 03 de agosto, o MEC iniciou um ciclo de seminários para educadores e redes de ensino com orientações acerca do Programa Escola em Tempo Integral, com atenção especial para o currículo.
O seminário do Nordeste acontecerá em Recife (PE), nos dias 27 e 28 de setembro. A Seduc será representada pelo gerente especial de Fortalecimento da Educação Integral e Complementar, Erivaldo Valério, e pelo gerente especial de Fortalecimento da Educação em Tempo Integral do Ensino Fundamental, Ilson Leão.
Por Tribuna de Arapiraca