Falha geológica pode ser a causa dos tremores de terra em Arapiraca
Os tremores de terra que estão sendo registrados desde o início do mês de agosto, em Arapiraca, podem ter sido provocados devido a uma falha geológica a cerca de 12 quilômetros de profundidade.
Essa é a hipótese mais provável, de acordo com a Defesa Civil de Alagoas, que, junto com a Defesa Civil de Maceió, está auxiliando a Defesa Civil de Arapiraca no monitoramento em toda a cidade de Arapiraca.
Os moradores continuam assustados, temendo um novo tremor de terra. Os abalos começaram no dia 4 de agosto, mas o primeiro não foi sentido pela população.
O segundo episódio aconteceu no dia 25 de agosto, com magnitude 2.1 na Escala Richter e balançou o chão e paredes de muitas casas e prédios em Arapiraca.
O terceiro abalo sísmico foi registrado pelos órgãos de monitoramento, como o Laboratório de Sismologia da Universidade do Rio Grande do Norte. A magnitude foi de 1,5 na Escala Richter, mas não foi sentido pelos moradores.
Ainda de acordo com a Defesa Civil Estadual, os estudos apontam que o tremor de terra em Arapiraca pode ter sido causado por acomodação de rochas a 12 quilômetros de profundidade.
O epicentro dos abalos é no trecho entre a Rodovia AL-115 e o Residencial Brisa no Lago, na periferia de Arapiraca.
“O que aconteceu, e ainda está acontecendo, é uma acomodação dessas rochas e nada impede que outros tremores voltem a acontecer”, afirmou o chefe do setor de Desastres Naturais, Douglas Gomes, da Defesa Civil de Alagoas.
Muitos moradores apontaram a exploração de minérios, entre os municípios de Craíbas e Arapiraca, como a causa dos tremores de terra.
Mas os especialistas descartam a possibilidade do serviço de detonação, realizado pela mineradora Vale Verde, ser responsável pelos abalos.
EQUIPAMENTOS
A Defesa Civil de Arapiraca vem articulando ações conjuntas para investigar os tremores de terra.
Segundo o coordenador Lindomar Ferreira, as equipes visitam as áreas no entorno da cidade e monitoram as áreas mais afetadas.
“Definimos hoje que, nos próximos dias, com a colaboração da Defesa Civil de Maceió, vamos instalar marcos topográficos nas proximidades de onde foi localizado o epicentro, e vamos ficar acompanhando. Isso vai nos mostrar se há alguma movimentação de massa naquela localidade”, explicou Lindomar Ferreira.
Ainda segundo Lindomar, após esse monitoramento, será possível ter uma resposta precisa sobre o fenômeno geológico que afetou Arapiraca. O coordenador também informou que a Defesa Civil de Arapiraca entrou em contato com o Laboratório de Sismologia do Rio Grande do Norte, responsável pela Região Nordeste, e que durante a semana, a equipe também discutirá o caso com o Serviço Geológico do Brasil e a Defesa Civil Nacional.
A Defesa Civil informa que, em caso de dúvidas ou solicitações de contato, a população pode utilizar o número (82) 99993-5619.
Por Davi Salsa – Sucursal Agreste com Tribuna Independente