22 de novembro de 2024

Atenção primária à Saúde em Maceió é tema de intenso debate na Assembleia Legislativa

As questões envolvendo a prestação do serviço da atenção primária à Saúde na cidade de Maceió geraram intenso debate na sessão plenária desta quinta-feira, 10. A primeira a abordar o assunto foi a deputada Rose Davino (PP), que fez uma relato das informações obtidas no Ministério da Saúde, que apontam uma melhora nos serviços de saúde da capital alagoana. “O que permitiu esse bom desempenho foi o credenciamento de novas equipes, saltando de 27% para 52% de cobertura, quase o dobro”, disse a parlamentar, elogiando a gestão da Prefeitura de Maceió.

Apresentando uma posição contrária, o deputado Lelo Maia (UB) disse que esses números não representam uma realidade. “Basta ir às regiões mais pobres de Maceió, como no Rio Novo, onde a Prefeitura fechou um posto, assim como no ABC, Fernão Velho e no Santos Dumont. Você verá que essa é mais uma questão midiática”, afirmou o parlamentar, dizendo que testemunhou pais sem conseguir fazer o teste do pezinho na rede pública municipal ou mesmo grávidas sem atendimento. “Reformar a fachada de um posto de saúde não é reformar o posto de saúde”, concluiu ele.

O deputado Doutor Wanderley (MDB) reconheceu que, pelo tamanho da população de Maceió em relação ao Estado, existe uma dificuldade em se organizar o sistema de saúde municipal, mas os dados que ele possui batem com os de Lelo: “Maceió é a pior capital em atendimento básico do País, precisando mais do que o dobro dos postos para oferecer um serviço de qualidade às famílias”, disse. Wanderley afirmou que melhorias no atendimento emergencial não se sustentam neste tema. “Precisamos ter agentes especializados para saúde da família”, encerrou o deputado, citando problemas no sistema de agendamento, que não dá resposta às necessidades dos maceioenses.

Ronaldo Medeiros (PT) foi mais um crítico da Saúde oferecida pela Prefeitura de Maceió. Segundo o petista, em contato com moradores da periferia, estes afirmam que postos estão fechados ou possuem algum tipo de carência, como realização de exames ou marcação de consultas. “Eles cobram o Estado, sem saber que as UPAS (Unidades de Pronto Atendimento) são de responsabilidade do Município. Esquecem da Prefeitura e passam a exigir resposta do Estado, ignorando que a Saúde básica é uma questão municipal.”

Também em aparte, o deputado Fernando Pereira (PP) se posicionou sobre o assunto. Ele se solidarizou com a fala da colega de legenda e parabenizou o prefeito João Henrique Caldas pelo melhoramento nos índices da Saúde de Maceió. “Eu tenho certeza que o prefeito está no caminho certo. Não está ainda 100%, mas entendemos que ele está no caminho de avanços e conquistas, graças ao apoio de sua equipe e de pessoas que torcem pelo bem da capital”, declarou Pereira.

Na sequência, o líder do Governo na Casa, deputado Silvio Camelo (PV), observou que a Saúde em Alagoas avançou, citando como exemplo a construção de vários hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (Upas) no Estado. No entanto, acrescenta o parlamentar, a Saúde pública na capital alagoana não teve avanços. “Não se pode negar que o município deixa a desejar na questão da Saúde básica. Isso é uma coisa que todos nós sabemos: que os postos de saúde funcionam de forma precária”, criticou Camelo.

Por Ascom ALE