Fato similar ao da santa que chora ocorreu nos EUA
Caso similar ao da imagem de Nossa Senhora das Dores que chora, no município de Flexeiras, zona da mata de Alagoas, a pouco menos de 80 km de Maceió, ocorreu nos Estados Unidos.
Em agosto de 2018 uma imagem alusiva à virgem Maria em um templo da Igreja Católica na cidade de Hobbs, no estado de Novo México (EUA) atraiu a imprensa internacional por conta de um fenômeno ainda sem explicações: a escultura de bronze de sete metros de altura, conhecida na região como Nossa Senhora de Guadalupe estaria lacrimejando azeite, com odor de perfume.
Uma pesquisadora da diocese disse que suas “lágrimas” têm a mesma composição química que o azeite tratado com perfume, uma substância que, quando abençoada, seria o crisma, um óleo sagrado usado na Igreja Católica para ungir paroquianos.
Outros investigadores coletaram alguns mililitros das “lágrimas” e fizeram testes e os resultados mostraram que “era a mesma impressão digital química do azeite tratado com algum tipo de perfume”, como o crisma. Os líderes da igreja relataram que a ocorrência rara levou as pessoas de todo o mundo a irem para conversões, confissões e verem a estátua chorar. A Igreja Católica, que tem uma longa história de crença em sinais sobrenaturais, pediu cautela e prudência aos fiéis. Ainda hoje a pequena igreja atrai muita gente, apesar da escultura não mais chorar azeite.
FENÔMENO DE FLEIXEIRAS
O fenômeno em Flexeiras ocorreu na última sexta-feira (16), na praça Padre Cícero. O fato foi registrado por uma fiel em vídeo, que ganhou as redes sociais.
Desde o último sábado, a praça recebe curiosos e fiéis para ver a escultura em gesso, de pouco mais de 50 centímetros, no coreto da praça junto à imagem de Padre Cícero.
Neste caso, também, a igreja pediu cautela, prudência e observação se o fenômeno vai continuar.
Os três pedidos foram feitos por Dom Frei Antônio Muniz Fernandes, frade carmelita e bispo católico, atual arcebispo de Maceió, ao padre Luiz Rodrigues Neto, responsável pela paróquia de São Sebastião, que esteve no local em duas oportunidades depois do acontecimento inédito no município.
Em entrevista exclusiva à Tribuna Independente, o padre confirmou que a ordem é “para que a comunidade paroquial esteja vigilante e em observação para ver se o fato das lágrimas tenham ou não continuidade”.
O padre Luiz Rodrigues solicitou, inclusive, que as freiras carmelitas, que mantêm uma casa ao lado da praça, continuem monitorando a situação, observando, junto com a comunidade, o movimento de fiéis ou o surgimento de algum novo fenômeno na escultura.
Apesar de reportagens publicadas em dezenas de sites sobre o acontecimento, o padre garantiu que até o momento nenhum especialista em física ou química esteve no município. Mas garantiu que se coloca à disposição para abrir o coreto e deixar um especialista manusear a imagem. O padre Luiz solicitou a reportagem de a Tribuna Independente que na próxima semana, após o Natal, os repórteres compareçam no local com um profissional da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) para as devidas análises.
TURISMO RELIGIOSO
Por outro lado, já que o fenômeno tem atraído muita gente, a agência Flamingo, do empresário Jonathan Gueiros, que tem trabalhado com turismo religioso desde o ano passado, levando turistas e moradores de Maceió para destinos com apelo religioso, já está montando um pacote para levar fiéis e curiosos até a pequena Praça Padre Cícero, onde a imagem de Nossa Senhora das Dores está lacrimejando desde a última sexta-feira.
Fonte: Tribuna Independente