Uma vida dedicada ao trabalho social: Pai Naldo ajuda idosos, crianças e adolescentes na Bahia
Com cinquenta anos de trabalho social, Pai Naldo da cidade de Ipiaú, Bahia, através da ASSOAFRO (Associação Comunitária do Culto Afro Brasileira Ile Axe Aidan Sileua) atende pessoas com vício químico, idosos, crianças e adolescentes.
Em entrevista para o Jornal do Interior, Pai Naldo disse que toda a doação é distribuída para comunidade.
“Além das doações, nós também fazemos o ano todo feijoada, carurus para alimentar a comunidade. Tudo que a gente pode fazer para ajudar no trabalho social, a gente faz. Já tirei meu botijão de gás para doar, lâmpadas e assim a gente vai fazendo para ajudar”, relatou.
Ainda em entrevista, Pai Naldo disse que a Associação ajuda também as pessoas que vão até a cidade e ficam sem dinheiro para pagar a passagem, além dos andarilhos.
“Pessoas que vão até a cidade e perdem o dinheiro, pessoas que querem viajar, a gente faz campanha para arrecadar dinheiro e ajudar. Andarilho a gente dá o terreiro para dormir. Tem dias que tem 10, 20, 30 pessoas, cada um com o seu problema”, disse ele.
No assunto política, Pai Naldo disse que já recebeu diversos convites para ingressar na vida pública, mas não quer. “Eu não quero, eu não gosto. A política gosto de ir lá votar, apoiar alguém, mas pra mim mesmo eu não quero”, explicou.
Pai de seis filhos adotivos, criou mais de trinta filhos, todos casados, formados alguns residentes no país e outros no exterior.
Pai Naldo disse que a associação está ligada ao Terreiro de Candomblé, entre frequentadores e administradores, a Casa recebe 10 mil pessoas.
Perguntado pela nossa redação se ele tem apoio da gestão municipal, ele disse que recebe muito pouco apoio.
“A prefeita é uma pessoa muito boa, mas a casa só recebe 15 cestas, mas para gente ajudar um pouco mais nossa comunidade mais ou menos teria que ser 200 cestas. Mas com as três enchentes que a cidade já teve este ano, a gestora disse que não pode ajudar com mais”, relatou Pai Naldo destacando ainda que todos os apoios que precisam tem que fazer licitação e as festas do terreiro são em cima de datas.
“A gente recebe um apoio ali e outro lá, e assim a gente vai se virando”, finalizou Pai Naldo.
Fonte: Jornal do Interior/ Rafaela Tenório