25 de novembro de 2024

Lula pode perder 17 ministérios se MP não for votada esta semana

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode perder 17 ministérios se a Medida Provisória (MP) 1154/23, publicada no primeiro dia de governo, não for votada ainda esta semana no Congresso Nacional.

A MP reformulou os ministérios, definindo 37 ministros, sendo 31 ministérios e seis órgãos com status de ministério. A medida perde validade se não for votada pela Câmara e pelo Senado até quinta-feira (1º).

Desde o dia em que surgiu, a MP caduca nas gavetas da Câmara e do Senado à espera de uma milagrosa ação dos interesses políticos dos líderes envolvidos nas negociações com o governo.

Se o texto não for votado e perder validade, a estrutura dos ministérios volta a ser a adotada no governo anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro, com 23 ministros. Caso isso ocorra, os ministros que ficariam sem pastas seriam os seguintes:

  • Ana Moser, ministra do Esporte
  • André de Paula, ministro da Pesca e Aquicultura
  • Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial
  • Carlos Lupi, ministro da Previdência Social
  • Cida Gonçalves, ministra da Mulher
  • Esther Dweck, ministra de Gestão
  • Geraldo Alckmin, ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços
  • Jader Filho, ministro das Cidades
  • Luiz Marinho, ministro do Trabalho
  • Márcio França, ministro dos Portos e Aeroportos
  • Margareth Menezes, ministra da Cultura
  • Renan Filho, ministro dos Transportes
  • Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário
  • Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social
  • Simone Tebet, ministra do Planejamento
  • Sônia Guajajara, ministra dos Povos Originários
  • Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social

Dois deles poderiam assumir os antigos ministérios de Infraestrutura e Cidadania, desmembrados na MP de Lula. Além disso, o Ministério de Relações Institucionais, chefiado por Alexandre Padilha, poderia ser rebatizado como Secretaria de Governo.

Tramitação da MP na Câmara

Na última quarta-feira (24) comissão mista da Câmara aprovou o parecer do relator da MP, deputado Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL), que alterou principalmente a estrutura dos ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas.

Pelo texto aprovado na comissão, o Ministério da Justiça e Segurança Pública voltará a responder pelo reconhecimento e pela demarcação de terras indígenas, retirando atribuições do Ministério dos Povos Indígenas.

Já o Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas deixará de ser responsável pelo Cadastro Ambiental Rural (CAR), que estará vinculado ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos; e pelos sistemas de saneamento básico, resíduos sólidos e recursos hídricos, que vão para o Ministério das Cidades.

Por Éassim